Independência e Verdade

Bandidos espancam vítima de sequestro em Ilhéus



Adriano Barbosa, 31 anos, viveu momentos de terror na madrugada desse sábado (27). Seguia de carro em direção à casa de um amigo que mora perto do bar Mar Aberto, no bairro Pontal, em Ilhéus, quando um pedestre cruzou a rua. Reduziu para deixá-lo atravessar. Era uma armadilha. Quatro homens entraram no carro. Um estava armado. Entre eles, “um gordinho e um mais magrinho”, contou Adriano ao Blog do Gusmão. Isso aconteceu por volta das quatro horas. Os bandidos o colocaram no banco de trás, sentado entre dois deles. Usaram um capuz para cobrir sua cabeça. Isso impediu a vítima de ver os rostos dos algozes e o percurso que faziam. “Quando olhava [para eles], me davam porrada”. No trajeto em direção a Itabuna, um dos homens dizia que o grupo deveria matá-lo. Outro defendia que ele fosse deixado vivo. O carro parou de funcionar quando entraram numa estrada de barro próxima da unidade do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) da Polícia Militar. Adriano descobriria depois que um simples “mau contato” na bateria gerou o problema. Os bandidos roubaram a corrente, os óculos e o relógio de Adriano. Também levaram o pneu reserva do carro, o macaco e o rádio. Telefonaram para um quinto comparsa e fugiram num veículo branco parecido com um Gol. Uma coronhada abriu um corte na cabeça de Adriano, que também levou socos nos olhos e na boca. Ele explicou a origem do hematoma nas costas: “me empurraram e caí do barranco numa cerca”. Também sofreu ferimentos leves nas pernas. Adriano não sabia onde estava. Viu quatro casas. Pediu ajuda, mas ninguém atendeu.

O dia já raiava quando um homem passou de bicicleta por ele, ainda na estrada de barro. Como estava sem o seu celular, usou o do ciclista para chamar a Polícia Militar. “A mulher [que atendeu] achou que era mentira ou a ligação caiu”, lamenta. O homem disse que estavam a pouco mais de um quilômetro do TOR. A vítima caminhou até lá e recebeu ajuda. Apesar das dores, Adriano sente que nasceu de novo. “Eu agradeço o apoio de todo mundo. Estou vivo porque há algum motivo para eu ter uma segunda chance”. Um amigo policial contou a ele que a estrada de barro onde foi abandonado costuma ser usada como “lugar de desova”, local em que assassinos escondem corpos de vítimas. 
Blog do Gusmão
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