Independência e Verdade

Página na internet ‘ensina’ como estuprar meninas


Uma página na internet, criada em 2014, desafia as leis brasileiras e faz apologia ao estupro, oferecendo inclusive um guia, no estilo passo a passo, para ensinar como estuprar meninas. Com textos cheios de machismo e conteúdo pedófilo, os posts — assinados com o escudo do anonimato — são criados para espalhar discursos de ódio e violência contra mulheres e crianças. Em uma das publicações, o autor diz que “abusar de meninas não é pedofilia” e que “elas vieram ao mundo pra isso”. Nos posts, que se intensificaram nos meses de junho e julho, há artigos como “Estuprar lésbicas é uma questão de honra e bem estar social” e “Estuprar uma mulher feminista é um ato de culto a Deus”. A confiança na impunidade é tanta que o dono do site, que se identifica com um nome falso, desdenha das milhares de denúncias que têm sido feitas contra a página. “Você pode me xingar e me denunciar o quanto quiser, no fundo eu estou rindo de todas estas merdas já que sou rico e sei que neste país ninguém dá uma f*da para reclamação de pobres”, escreve o autor, que diz ser mestrando pela USP e explica que criou a página para “expôr a realidade a uma sociedade corrompida e degenerada pelo esquerdismo”. Em um de seus últimos textos, o blogueiro faz um “guia passo a passo” para menores sobre “como estuprar uma mulher na escola”. No post, ele escreve: “A adolescência é marcante na vida da mulher, onde ela começa a utilizar maquiagem e a se vestir como uma vagabunda. A única maneira de corrigir esta conduta imoral é estuprando violentamente a vadia, de maneira a traumatizá-la para o resto da vida. Na lista de conselhos absurdos, o autor ainda diz que, por se tratar de menores de idades cometendo os crimes, não vai acontecer nada. “Você é protegido pela santa deusa dos direitos humanos, você é uma vítima da sociedade, pegue a porra de uma faca, encurrale a vadia em um canto e corte a calcinha dela”, diz o texto. Em vários sites e em redes sociais, internautas indignados com o conteúdo publicado na página pedem a autoridades que a página seja retirada do ar. Sites como o do Ministério Público Federal, da Policia Federal e do Humaniza Redes aceitam denúncias sobre conteúdo impróprio na internet.

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