O número de concursos federais autorizados para o ano que vem aumentou mais de 100% na última semana. Agora são 5.868 vagas em ministérios e outras instituições. Esse aumento é devido às vagas anunciadas para o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF).
O edital para o MCTI deve sair em até seis meses, contados a partir de agora. A seleção para o ministério foi autorizada pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e publicada no Diário Oficial da União no último dia 9. Os cargos são para os níveis médio (assistente em ciência e tecnologia e técnico) e superior (analista em ciência e tecnologia, tecnologista e pesquisador). De acordo com a portaria, o provimento de vagas para técnico tem o objetivo de substituir terceirizados e deve ocorrer a partir de dezembro do ano que vem e para os demais cargos, a partir de julho do mesmo ano.
Já as 2,8 mil vagas para PRF e PF foram anunciadas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que garantiu que as oportunidades já foram autorizadas pela presidente Dilma Roussef. Ainda não há previsão de edital.
Segundo o presidente da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos Públicos (Anpac), Ernani Pimentel, há um acúmulo de vagas desde 2009. “Em 2010, houve menos da metade de contratações ocorridas em 2009 e este ano foi quase parado. A necessidade de contratações é muito maior do que a ministra (Miriam Belchior) imaginava. A carência que todos os órgãos têm hoje mostrar a incapacidade de esperar mais para fazer novos concursos”, acredita.
No entanto, Pimentel lembra que o Planejamento é responsável apenas por parte das autorizações dos concursos e que seleções para o Executivo e autarquias fogem da responsabilidade do ministério. O especialista em concursos públicos e advogado da União, Waldir Santos, compartilha a mesma opinião.
“O número real de vagas é muito superior às autorizações. Existem muitos editais que não são tão badalados e a expectativa de oportunidades é muito maior. Somando-se as vagas de concursos como INSS, Caixa, Receita Federal, Petrobras não chega a 5% das vagas oferecidas”, alerta. Waldir Santos acrescenta que é importante o concursando buscar alternativas enquanto os editais mais esperados não saem.
Amanda Palma/atarde
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