Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi) protocolaram nesta terça-feira (26), junto ao Conselho Municipal de Saúde de Ilhéus, um pedido para que, em face à grave crise que assola o setor, seja reavaliado se o município tem, neste momento, as reais condições de manter a gestão plena da saúde e gerir os seus próprios recursos. No documento, o coordenador do Sintesi, José Raimundo Santana Santos, destaca que a atual situação vivenciada pelo setor desequilibra o andamento dos serviços, penaliza os trabalhadores, os usuários do serviço e as empresas. Segundo Raimundo, desde novembro do ano passado clínicas, laboratórios e até hospitais que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde estão sem receber repasses. A situação é de caos", disse, por telefone, ao repórter do Jornal Bahia Online. A entrega do documento ocorreu durante reunião do Conselho Municipal de Saúde com a secretária Ledívia Espinheira, que demonstrou irritação com a proposta. Aliás, o clima deste encontro foi tenso. De um lado o governo municipal sem perspectivas de quitar o atrasado. Do outro, prestadores de serviços querendo receber pelo serviço já prestado. Procurado pelo JBO, o presidente do Conselho Municipal, Iolando Sousa, lamentou que, apesar de ter enviado o documento, o coordenador do Sintesi não tenha comparecido à reunião. O sindicato, de acordo com Iolando, foi representado pela dirigente Vane Andréia, que teria se limitado a perguntar a respeito do pagamento do atrasado do Hospital São José. Para Iolando, a proposta do Sintesi se confronta com a luta dos trabalhadores e da própria cidade, que trabalharam juntas pela conquista da gestão plena. Por este sistema, é o município quem gere os recursos da saúde pública. "Quem resolve os problemas do cidadão é o município", reforça Iolando Sousa. Para o Sintesi isso tem o verdadeiro significado quando a teoria é vista na prática.
JBO
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