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» PM GREVISTA DECLARA APOIO A AUGUSTO JUNIOR EM 2014
"(...)o grande representante na região para deputado Estadual deve ser o soldado Augusto Junior (opinião minha que fique bem claro e não dos policiais militares!)."
Nesta semana este blogueiro entrevistou um dos lideres da greve da PM realizada em 2012 em Itabuna. O policial Neto declarou que ele seria o candidato a vereador do grupo, mas acabou perdendo a vaga para a vereadora Valéria. Veja abaixo:
Blog:Como está a situação dos policiais grevista de Itabuna, o governador vai anistiar?
R= O Processo Administrativo Disciplinar foi findado, agora em fevereiro irá fazer um ano que houve a instauração do referido processo interno. Houve a promessa do Comandante Geral dizendo que àqueles locais que não tivessem sido constatados violência física ou depredação do patrimônio público, os policiais seriam anistiados.
Blog: mas os seis de Itabuna continuam trabalhando normalmente?
Não sei bem a situação dos outros, mas eu realizo minhas funções laborais normalmente.
Blog: Em 2012, o grupo conseguiu eleger uma vereadora em Itabuna, como essa articulação ? como foi essa articulação para escolher a candidata Valéria ?
A PM BA já vinha sofrendo com governos passados que não respeitavam os acordos ou o nosso estatuto, em 2009 o chamado Movimento Polícia legal foi um indicativo da classe para mostrar a nossa situação e reivindicações. Já em 2012, mais precisamente em janeiro, finalzinho, a paralisação eclodiu em Salvador alastrando-se por todo o Estado. Itabuna só foi aderir a movimentação em fevereiro, dia 02.
Dessa movimentação toda que a sociedade itabunense assistiu e quero aqui agradecer também, sentiu a nossa dor como servidores públicos, nasceu a vontade representativa de classe da categoria. Surgiu então o meu nome Soldado NETO, mas a eleição batia a porta, já havia acordo feito com Prisco (Salvador) e Junior (Ilhéus) para que aqui na região nós ratificássemos o meu nome eo de Junior na cidade vizinha. tudo estava perfeito quando fui informado pelo grupo que meu nome não seria o ideal por que não tenho carisma, sou pela classe. Aceitei.
Vi ali que a escolha foi democrática, mas a forma da escolha não, veja bem, me informaram que durante um boca a boca rápido com policiais em serviço a escolhida pela maioria tinha sido ela.
Ratifico aqui, aceitei a situação, mas não participei da campanha por causa da forma como fui retirado do pleito.
Na cidade vizinha houve um plebiscito para escolha do candidato, aqui nem isso tive como direito.
Blog: então houve um racha?
Não digo racha, mas afastamento político ideológico de grupo, mantenho ligações com alguns deles, mas não faço parte, e reitero não quero fazer parte do novo momento político que está vivendo o 15º BPM.
O amadurecimento político é salutar e necessário, mas não tem como juntar-me à eles. A classe necessitava desse processo de luta via política.
Blog: A vereadora Valeria representa o grupo?
Ela tem lutado sim, isso não se pode negar, tem buscado resultados para nossa situação, mas também ela não poderia se furtar a esse propósito já que foi eleita com a bandeira da greve e com solicitações para representar os seis.
Blog: Qual sua relação com ela?
De civilidade, nada mais do que isso, somos companheiros de farda e de luta, mas sem o escopo político comum.
Blog: Na eleição de 2014, o grupo terá candidato em Itabuna ?
Mesmo com a falta de zelo e firmamento nos acordos a verdade tem que ser dita, o grande representante na região para deputado Estadual deve ser o soldado Augusto Junior (opinião minha que fique bem claro e não dos policiais militares!).
Resta saber se ele irá querer labutar para sair candidato em 2014.
Blog: Qual a grande lição, aprendizado do pós greve?
O não revanchismo político, numa luta de classe você não pode pensar micro e sim macro, abrangente, pensar no futuro e como alcançá-lo sem deixar sequelas para aqueles que te seguiram ou que esperam que você consiga o esperado. Se você entender o papel do gestor como administrador e político, você entenderá o seu papel como insurgente na luta pelos seus direitos.
Logo após o relaxamento das prisões recebi apoio de um político do próprio Partido dos Trabalhadores, que veio à mim saber como poderia ajudar nessa interlocução entre os anseios da classe, o alto Comando Geral e o governador. O aprendizado foi árduo mas de grande valia, numa disputa classista não há vencedores e sim resignação e diálogo. Não há espaço para revanchismo ou partidarismo.
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