A cidade de Ilhéus atualmente vive umas das maiores crises de sua história. Podemos dizer que uma crise generalizada. Crise política, crise econômica, crise social, crise de lideranças, etc. Entretanto para mim, a pior crise em que vivemos nos últimos tempos é a crise de nossas instituições. Retrato de uma cidade onde a moral e a ética estão “jogadas ao lixo”. Corrupção na Prefeitura, corrupção na Câmara de Vereadores, corrupção nas Associações, corrupção nos Sindicatos, etc.
Ao tomar como ponto de partida a crise que toma conta de nossas instituições, inicio a minha reflexão por “dentro de casa”, ou seja, pela Guarda Civil Municipal de Ilhéus. O estopim desta crise sem precedentes e de conseqüências enormes, em um futuro próximo, para os seus representantes, se inicia quando uma decisão judicial destituiu toda a diretoria do SINSEPI – Sindicato dos Servidores Públicos de Ilhéus, determinando a inelegibilidade dos atuais diretores e estipula prazo de 30 (trinta) dias para convocação de novas eleições. O Sindicato tem em seu presidente uma referência na luta e conquistas para os servidores. No tocante a GCMI – Guarda Civil Municipal de Ilhéus, liderou de forma brilhante conquistas como: a unificação da escala, o aumento no Vale Alimentação e a histórica Batalha da Regulamentação. Muitos servidores indagam: “o que seria do SINDGUARDAS-BAHIA sem o SINSEPI na cidade de Ilhéus?”.Entretanto entendo que, o principal problema em nossas instituições não é apenas ético, mas também estrutural. As instituições precisam refletir sobre diversos assuntos como: a qualidade de vida do trabalhador, a saúde, o lazer, a qualificação profissional, as condições de trabalho e acima de tudo sobre a transparência com a coisa pública.
Hoje à noite, os Guardas Civis Municipais de Ilhéus se reunirão em Assembléia para fundar o SINDGUARDAS-ILHÉUS – SIGMI, fruto da inércia do Sindicato atual. A insatisfação dos Guardas Civis Municipais com as instituições que diz nos representar (AGMI e SINDGUARDAS-BAHIA) gera um forte sentimento de mudança entre seus integrantes, sejam eles, participativo dos debates ou não.
Os servidores e a população de Ilhéus como um todo, precisam entender que uma cidade com instituições fortes e uma sociedade civil organizada, conseguem obter resultados significativos e duradouros. A necessidade de fortalecer nossas instituições para que sejam valorizadas e respeitadas, é um dever de todos. Só assim o “eu”, do Sindicato, da Associação, ou da Prefeitura de um homem só, passará a ter um papel secundário na nossa cidade.
GCM Nascimento – Guarda Civil Municipal de Ilhéus
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