Independência e Verdade

Uma Câmara estranha


A eleição Municipal de 2012 já se avizinha. Esta eleição para vereadores poderá ser a mais difícil de todos os tempos. As dificuldades para alcançar um resultado positivo, nessa verdadeira batalha campal são imensas. Apesar desses obstáculos, ano após ano, cidadãos e mais cidadãos abraçam essa empreitada. Aquele que já é vereador e se candidata à reeleição, em virtude da legislação eleitoral vigente, leva enorme e desproporcional vantagem sobre os “marinheiros de primeira viagem”. O vereador, desempenhando o seu mandato, consegue propagar e fortalecer o seu nome, fazendo-se ainda mais conhecido do que era na época de sua candidatura, o que o ajudará em muito em sua reeleição. É claro, que também há o outro lado da moeda. Hoje todas as mídias fazem uma marcação cerrada sobre todo e qualquer político, apontando seus erros e seus desvios de conduta.

Queiram ou não, para se ganhar uma eleição não precisa apenas de dinheiro, mas, de poder de persuasão, convicção, muita lábia, simpatia, confiança do eleitor e até um nome diferente. Este ano serão 19 vagas para vereadores, abrindo o leque da concorrência para quase 300 candidatos, todos galgando o dinheiro fácil.

Numa campanha eleitoral aparece muita gente vendendo sonhos, mas a grande maioria só entrega pesadelos. É triste! Mas é assim que funciona. E a história se repete de quatro em quatro anos.

No site do TRE constam muitos candidatos a vereadores em Ilhéus, mas creio que é o momento de se eleger uma Câmara diferente. Opções é o que não falta:

1 - Carlos do Bicho (DEM); 2 – Castanha (PMN); 3 - Kareka (PP); 4 - Xaréu (PTC); 5 - Jegue (PR); Maná (PMN) 6 - Mama –( PSC); 7 - Capoeira (PPS); 8 - Kaçarolla – (PSC); 9 - João Bocão (PDT); 10 - Boca de Lata – (PT do B); 11 - Pintado – (PHS); 12 - Zé do leite – (PSC); 13 -Ronnie Von – (PRTB); 14 - Rato – (PT); 15 - Maria Peruca – (PSC); 16 - Robinho do cachorro – (PRP); 17 - Papai Noel – (PT); 18 - Seu Madruga – (PRP) e por último, Benner (PMN), pra fazer a festa.

Outro detalhe que se observa nesta eleição é a quantidade de partidos políticos envolvidos. Tantos partidos assim só tendem a enfraquecer o que a democracia tem de mais afirmativo e pujante – a representatividade. Porque, quanto mais partidos, mais candidatos e, por conseguinte, mais divisão e fracionamento do eleitorado.

O Brasil por ser um país sem limites, sobretudo em seu ordenamento político e eleitoral, vai continuar criando novos paridos, indefinidamente, até porque nesse meio promíscuo e heterogêneo o que não falta é picareta, aproveitador e oportunista.

O Brasil já tem 29 partidos políticos. E em Ilhéus, haja siglas de aluguel!

*Elias Reis é articulista, discente do curso de direito da Faculdade de Ilhéus e Presidente do Sindicato dos Radialistas de Ilhéus.

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