Ingressar em universidade pública como professor pode parecer algo distante, ou ter poucas opções para entrar na área. No entanto, o cenário atual é diferente. Só hoje, os professores universitários podem concorrer a uma das 1.256 vagas abertas em todo o país, sendo 620 no Nordeste, ou seja, quase metade das oportunidades com inscrições abertas. E as remunerações são ainda mais atrativas. Em algumas instituições, podem ultrapassar R$ 11 mil.
Na Bahia, as vagas são para 17 campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifba), que ficam nas cidades de Barreiras, Brumado, Camaçari, Eunápolis, Feira de Santana, Ilhéus, Irecê, Jacobina, Jequié, Paulo Afonso, Porto Seguro, Salvador, Santo Amaro, Seabra, Simões Filho, Valença e Vitória da Conquista. O salário chega a R$ 6.106,51. As inscrições podem ser realizadas no site do instituto (www.ifba.edu.br), até o dia 6 de janeiro. A taxa é de R$ 100.
No Nordeste, a maior parte das vagas está concentrada nos institutos federais. Ao todo, são 283 oportunidades no Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. As remunerações máximas variam de R$ 3.678,74 a R$ 6.106,51.
Apesar de a oferta ser menor na região, com 84 vagas abertas, as universidades federais oferecem as maiores remunerações máximas, que variam de R$ 2.130,33 (Universidade Federal de Sergipe) a R$ 11.755,05 (Universidade Federal do Ceará).
Edital - E como fazer para se preparar e concorrer a essas vagas se não há um curso preparatório específico? O professor doutor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Alejandro Frery recomenda que os candidatos leiam e releiam o edital com cuidado. “Não há pontos menores em um edital. Todos os detalhes devem ser atendidos, mas cuidando para documentação exigida, onde e quando serão as provas e, caso seja em outra cidade, verifique e reserve logo a condução e a hospedagem”, alerta o professor.
Com tantas oportunidades espalhadas em diversas cidades do País, Frery sugere que os candidatos à carreira escolham com cautela a cidade que pretende trabalhar. “Muitas vezes, na prática, os candidatos fazem concursos conforme vão aparecendo, mas seria bom pensar bem e escolher com cuidado o lugar onde vai passar boa parte do resto da sua vida profissional”, afirma.
Outro ponto que ele lembra é que o candidato deve não omitir informações do seu currículo. “Dependendo do lugar e do candidato, a ênfase pode ser colocada no ensino, na extensão, na pesquisa, ou em várias ou em todas dessas três atividades”. Conquistada a vaga, Frery lembra que o professor não deve se acomodar na carreira. “Dar aula, vai dar aula, mas que as prepare com cuidado. Espera-se que faça pesquisa científica de qualidade e que tenha ações de extensão universitária. Não se acomode, virando uma múmia e um peso morto na folha de pagamento”.
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