Após cinco rodadas frustradas de negociações com os patrões, bancários de todo o País decidiram entrar em greve a partir desta terça-feira, 6, por tempo indeterminado, segundo comunicado publicado nesta segunda-feira, 5, pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Entre as reivindicações, a categoria pede reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais aumento real de 5,6%), contra uma proposta dos bancos de 5,5%.
Agências entram em greve nesta terça (Foto: Arquivo CORREIO)
Os bancários também querem vale-refeição e vale-alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 788), manutenção do emprego e melhores condições de trabalho, com o fim das metas que consideram abusivas. Diante do impasse, assembleias em todo o Brasil definiram greve por tempo indeterminado a partir de amanhã. “Esperamos que os bancos retomem as negociações o mais rápido possível, com reajuste compatível com a riqueza do setor”, disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Durante o período de greve, os caixas de autoatendimento vão continuar funcionando para atender a população. O Comando Nacional dos Bancários também encaminhou às instituições financeiras o calendário até a deflagração da greve (por lei, a greve deve ser aprovada em assembleia dos trabalhadores e, após isso, comunicada ao empregador com antecedência de 72 horas).
Em Salvador, houve assembleia na tarde desta segunda-feira (5), confirmando a greve e marcando para quarta à tarde uma passeata saindo da sede do sindicato, nas Mercês. "Temos de ter cuidado com a tentativa dos bancos de resgatar o abono. Só faremos acordo com aumento real. A rentabilidade do sistema financeiro está lá em cima. Não tem desculpa", diz o presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza.
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