Independência e Verdade

Nossa triste política, que nos faz cidade pequena e sem futuro


O governo municipal passado era ruim, mas tinha como oposição a turma de Jabes, que fazia de tudo para piorar tudo. Um bom exemplo para essa estratégia de boicote era a inoperância na cidade dos órgãos estaduais e federais que o partido do atual prefeito comandava.

Um amigo, ex-secretário municipal, me confidenciou que certa vez procurou a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), visando firmar uma parceria e ouviu em alto e bom som: “Vocês são oposição à Jabes, não temos interesse”.

Outro ex-secretário relatou que não conseguia trazer determinado projeto para o município, porque um cidadão, aliado do atual prefeito, se mobilizava para que as coisas não andassem.

Outro exemplo para tal situação é a postura dos deputados Mário Negromonte, tanto o pai quanto o filho. Ambos foram eleitos com boa votação local, mas até dezembro do ano passado, nada tinham feito por Ilhéus. Destaque lamentável para o Negromonte pai, que, enquanto Ministro das Cidades e inclusive tendo recebido muitas solicitações por parte da comunidade local, nunca mexeu sequer uma palha em prol do município. Literalmente nos trataram como se fôssemos idiotas desmemoriados.

Não temos dúvidas de que tais manobras politiqueiras contribuíram negativamente para que a cidade hoje se encontre do jeito que está. A turma de Jabes afirma que a culpa de tudo isso são dos gestores que comandaram o Paranaguá nos últimos oito anos. Mas a verdade é que estamos vivenciando esse estado de degradação administrativa há 25 anos.

Caso resolvamos fazer uma retrospectiva na história política local, veremos que até o ano de 1987, haviam muitas intervenções e obras no município. De lá até os dias atuais simplesmente nada mais acontece. E não há como camuflar um fato: A própria sociedade tem grande parcela de culpa para tudo isso.

Elegeram João Lyrio, uma espécie de marionete jabista, à base de festa. Colocaram Antônio Olímpio novamente no poder, por raiva de Jabes, pois o culpavam pela péssima gestão que vivenciávamos. Votaram em Valderico novamente como uma explícita rejeição a mais nebulosos oito anos de jabismo. Vale lembrar que na época ele foi praticamente escurraçado da cidade, tendo que se refugiar, como sempre, na capital do estado.

Com Valderico devidamente caçado, veio a gestão “engana tolo” do prefeito Newton Lima. Tal gestão possuía jabistas agindo nos bastidores, travando as ações do governo municipal, contribuindo para que o terreno ficasse propício para que Jabes retornasse ao Paranaguá.

E hoje? Bem, pelo visto nada mudou. Muito pelo contrário. Analistas políticos não pestanejam em afirmar que trata-se do pior começo de governo já existente em nossa história.

Triste sina da nossa Ilhéus.

Jerbeson Josue

Colaboração Rans.

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