Independência e Verdade

DECOLORES


PARTILHAR
Assisto diariamente o programa da Canção Nova intitulado “Sorrindo pra Vida”, onde temos o privilegio de ouvir mensagens espiritual maravilhosas através daqueles Evangelizadores abençoados por Deus. É muito importante restabelecer nossa espiritualidade diariamente com os conselhos de Jesus.
Hoje ouvimos o pregador Nelsinho Correia que pregou sobre a palavra partilhar, e durante todo programa ele nos falou das diversas formas como podemos partilhar no mundo em que vivemos. Significado de Partilhar:
Dividir em muitas partes; repartir com alguém: partilhou a comida; partilhou seus bens com os filhos. Realizar a partilha de: partilhou a empresa familiar; partilhou a empresa familiar com os primos. Compartilhar; ter participação em: partilhou o sofrimento; partilhou do sofrimento; partilhou o sofrimento com os pais. Utilizar algo juntamente com alguém: partilhava a casa com os irmãos.
A reflexão me fez lembrar uma passagem da Bíblia em Atos dos Apóstolos, no início do Cristianismo, onde os judeus ficavam observando as atitudes dos Cristãos para denunciar alguma irregularidade a fim de condená-los. No entanto os gestos dos Cristãos daquela época era tão forte que os judeus comentavam entre eles: “ Vejam como eles se amam, dividem seus bens com alegria”.
Dividir os bens não significa que eles doavam seus bens e sim dividiam o que tinham disponível para com o mais próximo.
Lembro quando era criança e esse era o comportamento da minha casa. Somos 12 irmãos, e minha mãe ensinava que a roupa da(o) irmã(o) mais velha(o) ao crescer passava para a(o) menor que estava crescendo. Da mesma maneira eram com os livros “Cartilha do Povo, Caligrafia, Tabuada e os Livros de História, Ciência e Geografia”, todos cuidavam com muito zelo pois iria servir para o outro irmão.
Lembro também como minha mãe procedia as repartir a refeição, a quantidade para cada um era medida e calculada de forma que todos se alimentavam. O pão era cortado com a medição da largura de dois dedos da minha mãe. As vezes eu perguntava se minha mãe também iria comer, e ela respondia que estava sem fome e que comeria mais tarde. Na verdade ela deixava de comer para que seus filhos comessem
mais. Vale salientar que ela guardava a parte do meu pai que chegava do trabalho. Isso é partilhar!
Recordo-me também como era a integração entre os vizinhos, era a verdadeira partilha: Dona Elza tinha roça e trazia muitas frutas que chegava estragar por não ter o consumo suficiente por parte de seus filhos e imediatamente ela mandava uma cesta lotada de frutas lá pra casa. Era uma festa! Minha mãe ao receber retribuía com um prato de arroz doce que tinha feito naquela hora. A outra vizinha Dona Rosa não deixava de mandar lá pra casa manteiga e requeijão que seu marido Seu Joaquim trazia do sertão como se chamava naquela época. Minha mãe as vezes não tinha como retribuir colhia uns mamões do quintal e retribuía o presente. Lembro-me também de Dona Lourdes, uma senhora cheia de posses, porém muito generosa, e vez em quando ela pedia a minha mãe que eu fosse a sua residência para doar roupas, brinquedos e mantimentos.
Foi no FSESP – Fundação Serviço Especial Saúde Pública, que tive oportunidade de ser cuidado pelos médios Dr. Tuffy, Dr. Alvaro, Dr. José Augusto, Dr. Modesto e o dentista Dr. Lavigne, além das enfermeiras Ana, Lêda, Creuza, Lidice Aranha, Wilma, entre outras que diariamente iam para os bairros e visitavam as residências das pessoas carentes, com alegria e profissionalismo. Além de verificar in loco cada pessoa, elas encaminhavam o paciente para sede para ser tratado pelos médicos, até de tuberculose. O FSESP também construía fossas para as casas que não tinham sanitários, ensinava como coar água potável, distribuía alimentos e roupas que eram enviadas pelos Americanos no tempo do Presidente John F. Kennedy através do programa social “Aliança para o Progresso”. O FSESP faz falta até hoje e tenho muitas recordações daqueles profissionais que partilhavam suas vidas com os mais necessitados.
Foi dentro desse contexto que fui criado e aprendi a dividir ou doar as coisas materiais que estão disponíveis (roupas, sapatos, etc.).
Hoje infelizmente vivemos em um mundo egoísta, materialista e desumano. Os vizinhos quase não se falam as famílias desajustadas, não existe paz, união, fraternidade e muito menos amor. A violência e a corrupção se alastraram na vida das pessoas principalmente dos políticos, que sinicamente roubam o erário público e ainda encontra “advogados” que mesmo sabendo que o sujeito cometeu o delito, defendem fielmente, mesmo sabendo que a sociedade foi a mais prejudicada, pois aquele dierama poderia servir para construir mais hospitais, escolas, segurança, entre outros melhoramentos.
Infelizmente notamos que a humanidade cada dia mais se afasta de Deus, apesar do nosso País ser considerado o mais Católicos ou
Cristãos (evangélicos), mais não procedemos com o que pregamos, apenas blá blá blá...
É preciso que haja uma transformação em nossas vidas, pois acima de tudo temos que ser exemplo e não dar exemplo, ser Igreja e não da igreja, pois ser da igreja qualquer pessoa pode entrar e sair sem nenhum compromisso. “Ninguém ama aquilo que não conhece” disse Santo Augustinho. Pois nosso comportamento revela melhor o que somos do que nossas palavras.
Concluindo recentemente recebi uma mensagem que passo adiante agora:
“Se nada mudar, invente...
E quando mudar, entenda...
Se ficar difícil, enfrente...
Se a tristeza sondar, alegre-se...
E quando ficar alegre, contagie...
Você tudo pode...
Tudo consegue pelo amor,
E pela fé que você tem Deus!”
Viva a Vida!

Esse texto foi escrito em homenagem a minha saudoso mãe Áurea Moreira Castro, que aniversária hoje, e pariu 12 (doze) filhos de parto normal e a maioria foi na Maternidade Santa Izabel, que tanto contribuiu com os mais carentes através das Senhoras de Caridade, compartilhando com a humanidade. Os meus votos de gratidão a minha mãe, o FSESP e a Maternidade Santa Izabel.

Colaboração de Luiz Castro
Bacharel Administração de Empresa
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